Local já tinha sido alvo de operação que resultou na maior apreensão de perfumes falsificados do país, em junho deste ano, com seis pessoas presas e denunciadas à Justiça

O vazamento de um produto químico interditou uma fábrica de perfumes em Limeira (SP), nesta sexta-feira (9), segundo a Guarda Civil Municipal.
Segundo a corporação, a área chegou a ser isolada, incluindo residências próximas, e a perícia da Polícia Civil foi até o local para apurar o que ocorreu, mas o vazamento foi controlado e houve liberação da área.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a substância encontrada no chão possivelmente é etanol cereal, que era utilizado na fabricação dos perfumes. De acordo com o Corpo de Bombeiros, há suspeita de ação criminosa, pois havia um cano cortado.
O local é o mesmo onde ocorreu a maior apreensão de perfumes falsificados do país, em junho deste ano, de acordo com a GCM.
Apreensão A fábrica de perfumes foi descoberta no dia 8 de junho e seis pessoas durante a operação, duas delas identificadas como proprietárias da unidade. A Promotoria ofereceu denúncias contra os seis à Justiça. Um dos donos já tinha passagem pela polícia em 2019 pelo crime de falsificação, segundo a Polícia Civil.
Segundo a Associação dos Distribuidores e Importadores de Perfumes, Cosméticos e Similares, o caso foi considerado a maior apreensão feita no Brasil.
Foram apreendidos 54,4 mil perfumes finalizados, além de embalagens, tampas, rótulos, entre outros itens necessários para envase e embalo, somando 2,6 milhões de unidades.
Foram apreendidos também 20 tambores de 200 litros de produtos químicos cada, contendo etanol álcool etílico metil, carbonil, além de 89 litros de essência e 45 litros de álcool etílico hidratado, totalizando 4.134 litros de químicos inflamáveis, e cinco máquinas de produção.
Inquérito policial aponta que o estabelecimento funcionava há pelo menos dois anos. A empresa, segundo a investigação, existe há mais de 30 anos em Limeira, mas começou a falsificar perfumes em 2019 e já tinha sido multada quatro vezes.
A suspeita é que a fábrica produzia e vendia os produtos para centros comerciais de todo o país. Além das prisões, os policiais apreenderam documentos, mais de R$ 200 mil em folhas de cheques, máquinas de cartão e R$ 11 mil em dinheiro.
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