Acusado, que também armazenava drogas, confessou que vendia bebida falsa para bares, adegas e festas na região
Galões com álcool de cereais, frascos de essências variadas, lacres e selos com numeração de série falsos, além de garrafas e rótulos idênticos aos de bebidas originais. Com esses itens, um laboratório clandestino em Bauru produzia e falsificava uísques, faturando mais de R$ 30 mil por mês. O negócio funcionava em um imóvel no Pousada da Esperança 2, mas foi desmantelado pela Polícia Civil nesta terça-feira (3).
Na ocasião, equipes da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), por meio da 2.ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), realizaram ação para prender um jovem de 24 anos. Além de ser apontado como o responsável pelo laboratório clandestino em que as bebidas de luxo falsas eram fabricadas, ele também foi detido por tráfico de drogas.
VENDIA POR R$ 80,00
Aos policiais, o suspeito confessou que produzia, por mês, aproximadamente 500 garrafas de uísques variados, gastando cerca de R$ 15,00 cada.
Depois, o jovem vendia o litro do líquido por 80,00, sendo que os produtos originais são comercializados por entre R$ 100,00 e R$ 300,00. O suspeito disse ainda que seus clientes eram bares, adegas e até festas em Bauru e região.
Agora, a polícia trabalha para descobrir quais estabelecimentos revendiam essas bebidas falsificadas e quem repassava os itens ilegais para que o acusado atuasse. “Ele não quis revelar de onde obtinha as garrafas, rótulos e selos ilegais”, explica o titular da Dise de Bauru, Luiz Augusto Puccinelli.
DROGAS
Segundo o delegado, a operação ocorreu após 15 dias de investigações. Nesta terça-feira, as equipes conseguiram abordar o jovem chegando a um apartamento no bairro Colina Verde para armazenar drogas.
Neste imóvel, os policiais deram cumprimento a um mandado de busca e apreensão, localizando um tablete de cocaína, 337 pinos plásticos cheios com esta mesma droga e uma porção de maconha.
No local, ainda foram apreendidos quatro balanças de precisão, um pote com substância em pó de cor branca – que seria utilizada para misturar a cocaína -, centenas de pinos vazios e R$ 515,00 em dinheiro.
BEBIDAS
Na sequência, as equipes se dirigiram até a residência do acusado, localizada no Pousada 2, onde o laboratório para falsificação foi flagrado.
Neste segundo imóvel, havia 41 garrafas de uísque cheias, 31 vasilhames vazios, dois galões de 5 litros de álcool de cereais, 300 lacres plásticos para garrafas, sete frascos com essências variadas – entre elas de mel e canela – e um outro galão de 50 litros utilizado para misturar produtos químicos.
Centenas de selos de bebidas com numeração de série falsificados, usados para dar aparência de originalidade aos itens, também foram apreendidos pela Polícia Civil.
O suspeito foi preso em flagrante pela prática de tráfico de drogas, falsificação de substância ou produtos alimentícios e falsificação de selos públicos, “delitos com penas de reclusão de, respectivamente, 5 a 15 anos, 4 a 8 anos e 2 a 8 anos”, observa Luiz Augusto Puccinelli, titular da Dise/Deic.
O acusado passou por audiência de custódia ontem (4) e sua prisão preventiva foi decretada. Ele, então, foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Bauru.
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