A Alfândega do Porto de Vitória (ALF/VIT) reteve 756 garrafas de vinho de origem argentina em três transportadoras no Espírito Santo, durante a Operação Dionísio, finalizada na quinta-feira (20). Nos lotes retidos há marcas que podem chegar a R$ 2.860,00 no momento da venda.
A Gazeta apurou que as bebidas ingressaram de forma irregular no Brasil e pode ter havido fraude no pagamento de tributos na hora de entrar no país. O material apreendido poderá ser leiloado ou destinado a órgãos públicos. Mas a probabilidade maior, segundo a Alfândega, é para a realização de um leilão.
A retenção de cargas como essa pela Receita Federal busca inibir a prática de crimes que geram desemprego, sonegação de impostos e concorrência desleal à indústria e ao comércio regularmente instalado, protegendo o comércio local e resguardando a economia do país.
A Alfândega informou que os vinhos iriam para hotéis, restaurantes e pessoas físicas no Espírito Santo e o remetente era uma empresa de decoração do Paraná, aberta recentemente. As notas fiscais que acompanhavam as mercadorias continham como descrição “obras em gesso”, apontando forte indício de fraude na comercialização.
A maior parte das garrafas retidas são de vinhos finos de alto valor, comercializados no mercado nacional regular por preços que variam entre R$ 85,00 e R$ 2.860,00 cada. O valor total estimado das mercadorias é de R$ 183 mil.
A Equipe de Repressão da Alfândega de Vitória explicou que faz esse tipo de operação rotineiramente, com o uso de pesquisas de análise de risco, mas que devido ao grande volume de vinhos, foi necessário ir à transportadora por vários dias.
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