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Receita Federal apreende 22 toneladas de produtos falsificados em SP

De acordo com a Receita, mercadorias tinham origem chinesa e foram localizadas no Porto de Santos. Entre os produtos, havia tênis, camisetas, bolsas e carteiras.


A Receita Federal apreendeu 22 toneladas de produtos falsificados acondicionados em um contêiner de 40 pés, no Porto de Santos, no litoral paulista. De acordo com o divulgado pelo órgão nesta quinta-feira (30), a carga tinha origem chinesa e teria como destino o Porto de Montevidéu, no Uruguai.


Foram encontrados tênis, camisas de times de futebol (brasileiros e de outros países) e artigos ostentando uma marca de luxo (bolsas, carteiras e porta-moedas), tudo prensado em caixas e fardos de forma a caber a maior quantidade possível de mercadorias dentro de um único contêiner, conforme divulgado pela Receita.

Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, o delegado da Alfândega de Santos, Richard Fernando Amoedo Neubarth, explicou que a carga foi selecionada nesta semana e passou por inspeção na quarta-feira (29).


"Foi constatada a falsificação das marcas e da origem dos produtos, também, devido às etiquetas, cujas origens são falsas. Temos produtos aqui cuja origem diz 'fabricado no Brasil', mas na verdade veio tudo da China", relata Neubarth.

Segundo explica o delegado, o diferencial desta operação é que se tratava de uma carga de passagem pelo território nacional, vinda da China, com destino ao Porto de Montevidéu.

Em decorrência do trabalho de gerenciamento e análise de riscos, as equipes da Alfândega de Santos determinaram a descarga do contêiner do navio, para uma fiscalização mais detalhada. Imagens de escâner já apontavam fortes indícios de que em seu conteúdo seriam encontradas mercadorias contrafeitas, suspeitas que foram confirmadas durante a abertura da caixa metálica.


Conforme explica o órgão, no caso dos tênis, a baixa qualidade poderia gerar problemas de saúde, causados quando o impacto dos movimentos do corpo não são devidamente amortecidos pelo calçado - dores nas solas dos pés, inflamações nos tendões, dores na coluna, nos joelhos, entre outros problemas.

Além dos danos à saúde, a comercialização de produtos contrafeitos viola os direitos autorais, causa dano ao erário (prejuízo na arrecadação de impostos), aumento nos índices de desemprego, desencadeia a prática de concorrência desleal e alimenta o crime organizado. De acordo com o delegado, agora, as marcas serão chamadas a se manifestar contra a autenticidade. "Mas, como as etiquetas já são falsas, a forma de embalagem, qualidade, a gente já sabe de antemão que trata-de de mercadoria contrafeita. O interessante é que a gente tem bastante camisas esportivas de clubes de futebol nacional, então, tem a particularidade que essa carga muito provavelmente voltaria ao Brasil, pela fronteira terrestre ou até mesmo como uma carga exportada do Uruguai", diz.


Após a ação da Receita Federal, será formalizado o auto de infração e haverá a representação fiscal para fins penais. Depois da finalização dessas etapas, todos os produtos serão destruídos, segundo explica o delegado.

No primeiro semestre de 2020, a Alfândega de Santos já apreendeu 782 toneladas de mercadorias irregulares, um aumento de 21% em relação ao mesmo período de 2019, que foi de 642 toneladas.





 


Federal Revenue seized 22 tons of counterfeit products in SP


According to the Federal Revenue, goods were from China and were found out the Port of Santos. Among the products, there were sneakers, T-shirts, bags and wallets.

The Federal Revenue seized 22 tons of counterfeit products stored in a 40-foot container in the Port of Santos, on the coast of São Paulo. According to the information released by the agency on Thursday (30), the cargo was from China and would be delived in Montevideo, in Uruguay.


Sneakers, football team shirts (Brazilians and from other countries) and other produtcs of luxury brands (bags, wallets and purses) were found, all pressed in boxes and bales in order to fit the largest possible amount of goods inside of a single container, as disclosed by the Revenue. In an interview with TV Tribuna, an affiliate of Rede Globo, the customs officer of Santos, Richard Fernando Amoedo Neubarth, explained that the cargo was selected this week and underwent inspection on Wednesday (29).


"It was confirmed brands counterfeiting and false information  on the origin of the products. We have products here whose origin says 'made in Brazil', but in fact everything came from China," says Neubarth. According to the delegate, the differential of this operation is that it was a cargo passing through the national territory, coming from China, bound for the Port of Montevideo.


As a result of the risk management and analysis work, the Santos Customs teams determined the unloading of the vessel's container, for a more detailed inspection. Scanner images already pointed out strong indications that in its content counterfeit goods would be found, suspicions that were confirmed during the opening of the metal box.

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